GUERRA FRIA E CORRIDA
ARMAMENTISTA
“Pode a humanidade
escapar da destruição total?”
A corrida
armamentista e tecnológica da Guerra Fria motivou em seus contemporâneos o medo
– bastante justificável – de uma guerra de dimensões nunca antes vista pela humanidade.
O poder de destruição das novas armas atômicas, desenvolvidas pelos Estados
Unidos e pela União Soviética, instigava a imaginação e contribuía para o clima
de insegurança generalizada. Há indícios desse temor coletivo, como filmes e
até desenhos animados que ensinavam a se proteger de ataques atômicos, filmes
catastróficos que retratavam o fim do mundo, músicas (Bob Dylan – A hard rain’s a- gonna fall (1962); Credence ClearwaterRevival – Fortunate son (1969); Neil Young – Ohio (1970)) e propagandas de
rádio e televisão que preparavam a população para um possível ataque (Duck and cover, Devastating Effects Of ANuclear Attack On Kansas City). Em meio a tudo isso, o filosofo inglês BertrandRussell perguntava no próprio título de um livro, editado em 1961: Has man a future? [Tem futuro o homem?].
Havia, por
parte dos Estados Unidos e da União Soviética, um grande arsenal atômico de
reserva para evitar hostilidades. Tratava-se de uma corrida tecnológica e
bélica para a proteção de aliados e territórios.
Temia-se, na
época, que, depois da utilização da primeira bomba, ataques em cadeia
destruíssem a vida na Terra. O massacre seria generalizado e, sob a ótica da
personagem de Kubrick (do filme Dr.Fantástico...), seria necessário selecionar, como defendiam os nazistas, os
“melhores da espécie” para proteger
dos efeitos da radiação. Ou seja, como não havia proteção para todos, alguns
critérios deveriam ser levados em conta para selecionar os que sobreviveram, o
que equivale a uma possibilidade para o renascimento da eugenia e dos ideais
nazistas.
As grandes
potências divergiam, basicamente, quanto aos diferentes modelos socioeconômicos
que seguiam e defendia (socialismo e capitalismo). Após a Segunda GuerraMundial, as áreas reconstruídas pelos Estados Unidos e pela União Soviética
foram divididas, adotando-se os modelos de seus centros. A Guerra Fria teve
alguns momentos bastante agitados e “quentes”, tais como a Guerra do Vietnã e a
Guerra da Coreia.
REVOULÇÃO CUBANA E
PRODUÇÃO CULTURAL
ARevolução Cubana de 1959 foi muito importante para o fortalecimento de figuras
históricas, como Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, no imaginário da população
que viveu na segunda metade do século XX. Uma grande variedade de estudiosos se
debruçou sobre suas vidas e efeitos políticos, assim como, ainda hoje, grande
número de pessoas traz estampado nos bonés, nas camisetas, nos cadernos e até
mesmo no corpo o semblante de Che, na famosa fotografia de Alberto Korda. De fato, a Revolução Cubana e seus líderes
fazem parte do imaginário popular do século XX e deste início do século XXI,
motivando elogios e críticas, mas sempre mobilizando sentimentos apaixonados.
TORTURA E DIREITOS
HUMANOS NA AMÉRICA LATINA
Nosso país é
criticado pelas organizações mundiais que lutam pelos direitos humanos, em
razão de falta de investigações sobre os desaparecidos e as torturas que
marcaram os anos de ditadura militar no Brasil (1964-1985). Outros países
latino-americanos, que viveram situações semelhantes, já investigaram seu
passado, localizaram corpos de desaparecidos e abriram seus arquivos secretos
para o público.
Aprendidos com
a CIA, a Operação Condor demonstrou a preocupação do governo dos Estados Unidos
com os rumos da política sul-americana. O Brasil não era a única nação da
América Latina a passar por um período de ditadura militar, estabelecida sob
influência dos Estados Unidos, como na derrubada do presidente Salvador Allende,
no Chile (1973), sucedida por uma das mais violentas e duradouras ditaduraslatino-americanas, mantida sob o comando do General Pinochet.
Os governos
militares latino-americanos, de maneira geral, mascaravam a ditadura para
evitar críticas de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos. Como,
legalmente, não poderá haver tortura no Brasil, ela era praticada nas
dependências de prisões e quartéis.
Os torturados
eram pessoas consideradas subversivas, ou simplesmente pessoas que a máquina de
repressão considerava fontes de informações importantes. Outros eram
perseguidos pela polícia por envolvimento em grupos de contestação mais direta
ao regime, havendo entre eles aqueles que promoviam assaltos a bancos, atentados
contra apoiadores do regime militar e sequestros de autoridades diplomáticas internacionais.
Os governos
ditatoriais sul-americanos, em sua grande maioria, eram regimes de direita que
abominavam a ideologia socialista. No contexto da Guerra Fria, sustentar
ditaduras militares era uma forma eficaz para os norte-americanos conterem o
avanço do socialismo.
Há diversas
implicações, tais como a descoberta de mais nomes ligados à tortura e que ainda
hoje estão vivos. No Brasil, durante as
negociações de abertura do regime, a anistia foi geral. Militares libertaram
presos políticos e conseguiram garantir a manutenção do sigilo sobre documentos
incriminatórios.
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